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Infarto em pacientes abaixo de 40 anos.


Apesar de não ser comum o número de casos vem crescendo.

Em torno de 2% ao ano nos últimos 10 anos. Parece pouco mas não é.


Os fatores de risco para esta faixa etária são: tabagismo, uso de drogas, estresse, história familiar e má alimentação.


O cigarro é apontado como um dos principais vilões neste processo. Isto porque 81% dos jovens que sofrem um infarto possuem o hábito de fumar. Outro fator bastante prejudicial é o consumo de drogas, como as anfetaminas. Elas são responsáveis por 25% de infartos em pessoas mais jovens.


Contudo, as causas de infarto em jovens não param por aí e também podem ser de razão genética ou de um conjunto de doenças que tornam uma pessoa mais propensa ao problema cardíaco. Normalmente, os jovens que sofrem infarto apresentam dois ou mais fatores de risco, sendo eles obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol elevado e histórico familiar.


Além destas causas de infarto, os jovens costumam apresentar algumas condições especiais de saúde, que podem incluir alterações da coagulação, como a doença de Leiden, vasculites (um conjunto de doenças que causa inflamações nos vasos) e até mesmo insuficiência renal em hemodiálise com início na infância e doenças autoimunes, como o lúpus.


Só que o número de vítimas que sofreram infarto com idade inferior a 40 anos vem aumentando, o que demonstra falhas na prevenção, seja com consultas e exames periódicos ou no baixo investimento pessoal em qualidade de vida.


Um exemplo de doença que exige investigação é a cardiomiopatia hipertrófica, que possui origem genética. À medida que o músculo do coração (miocárdio) engrossa, fica mais difícil bombear o sangue. Essa condição pode levar o indivíduo a sentir dificuldades respiratórias durante a prática de exercícios, entre outros sintomas.


O jovem, muitas vezes, acha natural desempenhar o esporte além do limite, especialmente no caso dos sedentários. Caso o indivíduo seja portador de cardiomiopatia hipertrófica, como citado acima, o esforço pode levar à ocorrência de algum problema, até de morte súbita.


É importante reforçar a necessidade do jovem, com a pretensão de praticar um esporte de forma intensa, ou como profissional, passar por avaliação cardiológica adequada.

 

Dra. Kécia Amorim

Médica Cardiologista

CRM GO 13874

RQE 10821



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