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Estou tendo um ataque de pânico ou um infarto?


"Olá a todos. Achei que isso poderia me ajudar a falar, sofro severas ansiedades relacionadas a infartos e derrames. Tenho 40 anos, geralmente vivo um estilo de vida saudável. Mas minha ansiedade está tomando conta. Estou com tanto medo de sofrer um derrame ou um infarto. Tenho todos os sintomas físicos, dor no peito, falta de ar, tontura, visão turva, dores agudas na cabeça, etc. Estou constantemente olhando no espelho para ver se meu rosto está caindo, e constantemente perguntando a amigos e familiares se eu pareço estranho, o que nunca sou. Estou começando a temer estar sozinho e comecei a odiar dirigir sozinho. Eu sempre preciso saber em que rua estou e SEMPRE preciso saber onde fica o hospital mais próximo. Mal estou dormindo. Esta história é familiar a mais alguém? Nesse caso, qualquer luz ou orientação sobre o que fazer seria ótimo."

Um relato um tanto quanto assustador.


Se você tem preocupações com o seu futuro porque tem uma doença cardíaca, há boas notícias: você tem mais controle do que imagina.


Com qualquer condição séria, o medo pode vir batendo. Mas você pode colocá-lo em seu lugar.


As pessoas que sofrem de ataques de pânico costumam dizer que a ansiedade aguda parece um infarto do miocárdio, pois muitos dos sintomas podem parecer os mesmos. Ambas as condições podem ser acompanhadas por falta de ar, aperto no peito, sudorese, batimento cardíaco acelerado, tontura e até fraqueza física ou paralisia temporária.



Algumas pessoas descrevem essa experiência como se estivessem perdendo o controle ou indo morrer.


Talvez o mais poderoso seja o sentimento de pavor que obscurece os dois eventos. O próprio medo pode levar a um aumento desses sintomas.


Cardiofobia é definida como um transtorno de ansiedade de pessoas caracterizadas por queixas repetidas de dor no peito, palpitações cardíacas e outras sensações somáticas, acompanhadas de medos de sofrer um infarto e morrer. Pessoas com cardiofobia concentram a atenção em seu coração quando experimentam estresse e excitação, percebem sua função de maneira fóbica e continuam a acreditar que sofrem de um problema cardíaco orgânico, apesar de repetidos exames médicos negativos. A fim de reduzir a ansiedade, eles buscam segurança contínua, fazem uso excessivo de instalações médicas e evitam atividades que causam sintomas.


Embora existam maneiras de determinar a diferença entre um ataque de pânico e um infarto, um diagnóstico médico é a única maneira de ter certeza. Preste atenção especial a um episódio que inclui:


  • Dor ou pressão no peito

  • Desconforto esofágico ardente semelhante a indigestão

  • Dor insistente que se move para baixo do braço

  • Dor que viaja para a área da mandíbula

  • Desconforto entre as omoplatas

  • Vômito


Esses indicadores físicos podem sinalizar mais claramente um infato do miocárdio.


É especialmente importante estar ciente de seus próprios fatores de risco de um infarto do miocárdio. Por exemplo, se você é fumante com histórico familiar de doença cardíaca e tem pressão alta, é mais provável que sofra um infarte.


Se, por outro lado, você experimenta estresse crônico, sofreu um evento traumático recente ou tem problemas para lidar com os altos e baixos da vida, você pode estar lidando com ansiedade. Os sintomas de ansiedade e pânico severos geralmente se assemelham a um infarto, que pode piorar sua angústia. Quando a ansiedade parece um infarto, o pânico pode ser avassalador. Felizmente, quando os estressores diminuem, os sintomas geralmente diminuem também.


Um ataque de pânico ocorre espontaneamente ou um evento estressante pode provocá-lo, mas não representa perigo imediato. Um infarto do miocárdio é perigoso e requer atenção médica imediata.


Sempre que você estiver em dúvida sobre seus sintomas, procure atendimento sem demora. Somente exames médicos podem descartar a possibilidade de um infarto. Quando o mesmo for descartado, procure tratamento eficaz com um terapeuta.


 

Dra. Kécia Amorim

Médica Cardiologista

CRM GO 13874

RQE 10821



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